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domingo, 23 de dezembro de 2012

Sobre culpas e "perceberes".


   Foi então que entendi de fato que as brigas, as desavenças, as palavras expressas de formas rudes e todas as outras coisas - as quais julgo ruins - não foram de total culpa minha. Tenho essa mania de colocar a culpa em mim, para não me decepcionar com as atitudes das pessoas que gosto. Engraçado.. Me sentir culpada me deixa melhor. Mas você também teve culpa, na verdade, maior parte dela eu acho. Você me martirizou, jogou toda aquela coisa no ventilador pra cima de mim e me fez acreditar - fez mesmo - que eu era a responsável por suas dores de cabeça e brigas constantes com a sua família.

   A culpa era sua.

   Você se deixou transformar por coisas fúteis como status e dinheiro. Suas promessas de nunca mudar e continuar assim, do jeito que era só para prosperar nosso relacionamento foram vãs. Boa parte de tudo o que você disse foi em vão. Jogou algumas palavras fora e eu tive a infelicidade de guardar umas pra mim. Guardei principalmente as ruins e as que magoam, e sei porque o ser humano tem essa infeliz capacidade de lembrar do que é ruim mais facilmente do que é bom.

   Mas tudo bem. Que se dane esse seu comportamentozinho infantil e esse seu jeito imaturo de ver as coisas. Saiba que estou vivendo minha vida muito bem sem você. E que sua serventia agora é apenas se tornar inspiração para textos, os quais eu percebo a cada palavra quanto tempo perdi ao seu lado. E os quais também me sinto cada vez, 'mais' para você e para mim. Me percebo. Me valorizo. Me superiorizo porque sei que ficar sob a asa de ninguém vale a pena!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

3 maquiagens que eu usaria no Natal!

1. Make de Natal por Julia Petit (amo!)
   Não sei se vocês sabem, mas a-mo a combinação delineador preto + sombra marrom + batom vermelho! E ela conseguiu conciliar muito bem esses três numa maquiagem incrível pra usar no natal, e que, claro, vai ser a que eu usarei, de fato. Sem contar que ela é uma fofa e eu fico rindo o vídeo todo devido ao jeito que ela fala! Hahahah.



2. Maquiagem Inspiração - Minissérie Rei Davi
   Já disse pra vocês o quanto a Mary Bismaki é uma fofa? Ela é super simpática, os vídeos dela são bem legais de se ver e além disso, ela não usa marcas de maquiagem muito caras, o que mostra pra gente que isso de usar maquiagem barata não tem nada a ver, porque as makes ficam lindas do mesmo jeito!


3. Julia Petit Passo a Passo Coque alto Maquiagem
   Mais uma da Julia Petit. Estou a-pai-xo-na-da por essa maquiagem! Eu amei esses tons de marrom combinando entre-si. Eu não gostei muito do coque não, mas a maquiagem vale muito a pena usar!


terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Me sinto feia!



   Acho que provavelmente, a maioria das meninas atualmente não se sentem suficientemente bonitas. Ora, ninguém se acha completamente feio! Sabe como eu sei disso? Porque já me senti assim. Exclamava pra todos o quanto não gostava da minha aparência, porém quando me olhava no espelho.. Não me sentia daquela forma. Sabia que não era a mais bonita da escola ou do bairro, tampouco a que recebia cento e poucas curtidas em suas fotos do Facebook, mas não era digno de mim o posto de feiura. Eu sempre via em mim, mesmo sem querer, coisas que eu gostava muito e que eram aspectos fortes em mim. O olhar, o sorriso, o contorno dos lábios, a profundidade dos olhos... Qualquer coisa. Todos os dias me olhava no espelho, reparava nas coisas em mim que mais gostava, principalmente no rosto. Num dia eu via como o desenho dos meus lábios combinava com o meu sorriso; n'outro como o castanho-escuro casava perfeitamente com o tom escuro dos meus cabelos. E aos poucos... Fui abusando dos meus pontos fortes!

   Nas festas que geralmente me convidavam e eu não ia, justamente porque sabia que só iriam pessoas bonitas e eu me sentiria 'fora' dos padrões (sem contar que os meninos nem olhariam pra mim), resolvi ir! Coloquei um batom vermelho, uma maquiagem legal com um delineado preto pra combinar e usei aquelas roupas que eu sempre quis usar, mas tinha vergonha. Independente se as outras meninas eram mais magras ou tinham mais corpo que eu, não importava! Elas teriam uma forte concorrente e os meninos mais uma pretendente! E foi atraindo olhares, que aos poucos, não só me vi diferente, mas me senti assim!

   Pois é. Passando minutos e minutos em frente ao espelho me julgando - literalmente - que eu cheguei a conclusão de que sou linda! E aqueles que não percebem isso, me desculpem, mas precisam refazer seus conceitos de beleza!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Fast Dicas: 3 looks que eu usaria no Ano Novo.

    Ano Novo chegando, hora de escolher o melhor look (ou os melhores) para passar o fim de ano, certo? Bom, como estou de férias do trabalho e dos meus cursos, ando meio que com as tardes vagas, e, em uma delas, montei três looks super simples e fáceis de montar, pra vocês passarem o Reveillon. Sendo dois deles pra quem for passar na praia e um mais 'chic'. Lembrando que todos são de fácil inspiração e peças como essas vocês podem encontrar em FastFashion's como C&A, Besni, Riachuello e Renner :D


FÁCIL INSPIRAÇÃO: Pra você montar esse look abaixo, basta usar um shortinho jeans e a parte de cima de um biquini. Se quiser deixar mais bonito, use umas pulseiras coloridas e não muito folgadas pra você não perder quando for pular as sete ondas, okay? Ah! E com uma rasteirinha ou Havaiana, fica perfeito!


DECOTE, NÃO! Se você não gosta de decotes, é só trocar por uma regata mais folgadinha.

sábado, 15 de dezembro de 2012

2min: Meio-eu, meio-mundo.



   Tenho andado um pouco atrasada, um tanto distraída e muito distante. Eu sei, e a culpa é toda minha. Mas eu cansei, eu juro que cheguei no ápice de toda aquela vontade incessante de alcançar uma quase-perfeição que não era e nunca foi minha. Na verdade, nada em mim é realmente meu. Sou uma junção de personalidades que se agarraram a mim conforme o tempo. Sou meio-eu, meio-mundo. Acho que muita gente acabou se tornando assim. O sofrimento nos ensina muita coisa. A chorar, a esconder, a ser forte e o principal: a sorrir, independente de qualquer coisa. (Camilla Sousa)

Só não era você.



  Por quê você se foi? Eu não entendo. Eu juro que passei horas revendo minhas ações e tentando encontrar nelas um ou alguns motivos plausíveis para você ter ido embora. Estava tudo indo tão bem... Nós estávamos felizes, minhas amigas viviam comentando que você era exatamente o que eu precisava e que nunca tinham me visto tão bem como eu me encontrava. Lembro que muitas vezes desmarquei minhas reuniões com elas só para ficar contigo. Elas ficavam bravas, resmungavam... Mas no fundo sabiam que era o amor que me dopava, me embriagava e viciava cada vez mais. 

   Eu me sentia tão plena... Não haviam motivos para que algo desse errado. Nossas vidas estavam se encaminhando, você trabalhava e estudava e eu também.. Apesar da rotina cansativa, sempre dávamos um jeito que nos vermos todos os dias, inclusive no fim de semana. Você sempre trazia refrigerante e chocolate pra mim, comprávamos pizza e víamos filmes - os quais muitas vezes nem assistíamos. Você dizia que eu era tudo o que você sempre quis e precisou e que não me deixaria nunca. E olha só...

   Engraçado como eu confiei cegamente nas suas promessas e fiz delas minhas também. Estava disposta a dar o melhor de mim pra nós e por nós. E dei. Quando as brigas começaram e você tornou-se ausente quase todos os dias e até mesmo quando nos víamos, eu dei o melhor de mim. Corri atrás, entendi e não discuti um minuto sequer. Eu procurei motivos que explicassem o seu estresse ou a sua falta de vontade de me ver. Foi aí que comecei a duvidar se aguentaria..

   Procurei mil e um motivos pra não chorar por você. Não queria pensar e muito menos agir na hipótese de te perder. Você tinha se tornado tudo e era como se eu estivesse perdendo uma parte de mim... 

   Muitas vezes enquanto eu voltava de algum lugar com meus amigos, tocavam algumas músicas na rádio que me lembravam nós dois. Eu queria chorar, mas me segurava porque preferia que ninguém soubesse o quanto eu sofria por nós. Eu andava pelas ruas e me perguntava se eu ainda teria os seus dedos entrelaçados nos meus enquanto atravessávamos alguma avenida. Eu olhava nossas fotos e me questionava se algum dia eu as apagaria do meu celular.

   Foi aos poucos, foi te perdendo aos poucos e negando pra mim mesma que estava de fato tudo se acabando que eu percebi, com o tempo, que realmente tudo havia se disssipado. Que eu nunca mais te teria nos meus contatos recentes no celular, que aquela aliança bonita que compramos nunca mais seria usada por mim, que eu nunca mais teria suas ligações perdidas no meu celular e que nunca mais iria dizer que te amava novamente.

   Será que eu ainda te amava?

   Acho que te amei muito. Talvez aquele meu velho conceito sobre amor ser um só estava errado. Eu amei, mas você me fez matar esse amor. E eu ainda o fiz implicitamente, sem querer.. O sofrimento apaga algumas coisas em nós.

   Mas quer saber? Revendo todos os fatos e analisando novamente, eu não fiz nada de errado. Eu fiz o que pude e quem sabe você também fez... Quem sabe você também não chorou ou quebrou a cabeça por nós? Não posso ser tão egoísta a ponto de pensar que você não lutou, nem que por alguns minutos.

   Só não era você. Não era pra ser.

   E quer saber? Mesmo com todos os pontos bons e as boas recordações de nós, agora eu sei o quanto você está melhor sem mim, e eu muito mais sem você.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

A Noiva Cadáver! o_o

   Ois! Então... Não sei se sabem, mas participei há um mês atrás de um concurso de fantasias macabras, e minha sala escolheu A Noiva Cadáver para os representar. A princípio a ideia era só eu desfilar pela escola vestida de noiva, porém acabei incrementando a história e fiz logo um casamento de uma vez. Assim não só eu, como meu colegas, também poderiam participar da encenação. Legal, neah?
   As meninas que maquiaram o pessoal mandaram muito bem! Principalmente as que me maquiaram! Ficou show a maquiagem e quando eu postei as fotos no Facebook, muita gente achou que era montagem! Hahahahah. 


O Noivo! Heheheh.




Os z0mbies, mais o resto da sala que ficou ajudando.


   Viram que legal? Achei muito bacana esse concurso, porque ele aproximou muito mais a sala e podemos ver que todos sabem ajudar, basta encontrarmos o que cada um prefere e gosta de fazer. E até os meninos que não querem nada com nada, ajudaram não atrapalhando! Hahahaha. Deem a ideia de fazerem isso na escola de vocês!


Ps1: Casei ao som de A Little Piece of Heaven do Avenged Sevenfold.
Ps2: Na hora do "alguém é contra esse casamento" meu namorado se manifestou! Hahahah.
Ps3: Mais fotos no meu Facebook e em breve no meu Flickr. Me adicionem lá :D


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Voltaaaaaaaaaaaaaando.




   Ois! Bom, sei que o blog ficou fechado por um tempinho, mas como vocês puderam ver: mudei o layout. Eu enjoo rápido das coisas e acabou que decidi mudar de novo. Achei bonitinho. Talvez eu acerte um pouco as cores, porque dependendo das configurações de cada monitor, a cor do blog fica cinza ;S Mas vou ir postando, porque bloggar pra mim é necessidade, e sem escrever aqui fico meio perdida e sentindo uma falta enorme. Portanto.. Estamos de volta!
   Novidade #1 - Agora o blog tem mais umas tags, uma delas é a tag Moda. Lá vou postar algumas coisas que comprei, ando vestindo, quero, recomendo e todo esse bláblálblá de moda que vocês conhecem. A unica diferença é que não entendo de moda e vou falar mais sobre o que eu visto e gosto. 
   Novidade #2 - Pra compensar a minha falta de entendimento sobre moda, logo menos estarei abrindo um blog com mais duas amigas chamado Depois da TPM, lá vai ter tudo o que vocês gostam. Tanto meninas, quanto mulheres, viu? Moda, música e claro, textos! o/
   Bom, por enquanto é só. Let's go! :D


domingo, 28 de outubro de 2012

Sobre esquecer, apostos e hipérboles. Ah, e você... De novo.



   Já faz um tempo que eu não tenho escrito sobre você. Acho que as minhas preces para que eu te esquecesse foram ouvidas e finalmente me sinto – um tanto – livre de todo aquele afeto e carinho – não amor – que eu sentia por você. Ou achava que sentia.   Saiba bem que, muitas vezes, eu até olho para trás com saudade daquelas tardes inteiras em que conversávamos, ríamos e achávamos que estávamos apaixonados um pelo outro.   De fora, agora, fico analisando a situação. Tenho feito isso antes de dormir e ao acordar, e cheguei a conclusão de que você, muito provavelmente, nunca gostou mesmo de mim. Eu sempre soube que não daria certo, pra depois não me dizerem que acreditei demais. Mas no fundo eu quis tanto, que esqueci que aquilo também dependia de você pra acontecer.   E você não quis que acontecesse.   Você nunca quis.   Mas agora eu tô bem. Te vejo e não sinto mais absolutamente nada – hipérboles sempre reforçam o meu "não acreditar" – e encontrei alguém que resolveu me fazer mais feliz.   Agora sei que aquela felicidade que eu não tinha não era culpa sua. E você não era motivo de felicidade. A felicidade está em mim.   E ela só aumenta quando encontro alguém que a vê em mim – também –.


terça-feira, 2 de outubro de 2012

Não, eu não estou apaixonada pelo Ed.


   Ed nunca teve o mundo próximo de suas mãos, as coisas sempre temiam serem mais difíceis e mais impossíveis. Pra ele.
   Um dia, eu estava pegando o ônibus como de costume, e o percebi sentado no fundo, com um par de fones de ouvido cravados nele, como se a última coisa que ele desejasse ouvir fosse o barulho, senão da sua playlist.
   Eu, que não sou abobada nem nada, me aproximei. Ele era bonito e eu quis por um instante puxar uma conversa com ele. Mas tive medo de tirá-lo do seu “mundo” e acabar me dando mal. Mesmo.
   Queria contar a ele o quanto sei sobre sua vida, sua personalidade, seus sonhos e o quanto ele luta para realizá-los. Queria poder dizer o quanto é injusto vê-lo naquela multidão e não poder correr para abraçá-lo, arrancar-lhe suspirou ou ter por ele um beijo roubado. Que eu escrevi três canções nas quais tem mais ele que algumas notas. E que a música Dias Atrás do CPM 22 é colocada propositalmente por mim no celular, quando quero lembrar dele.

   Não, eu não estou apaixonada pelo Ed.

   Mas eu gosto muito dele.

   Gosto do seu boné da New York, do seu All Star surrado e velho sempre com os cadarços desamarrados, gosto do seus olhos castanhos escuros e do cheiro do seu moletom. Da cara que ele faz quando não entende algo, do seu gênio forte e da sua voz afeminada. Até disso eu gosto. E gosto pra valer.

   É uma pena que ele não tenha a mesma admiração por mim.

   E não cogite, nem por uma vez, lá de cima, olhar nos meus olhos e dizer melodicamente todas aquelas palavras mágicas que ninguém entende além de quem as pronuncia e para quem elas foram ditas.



sexta-feira, 21 de setembro de 2012

(Fragmento) Eu. Deus. Você ♥

   Às vezes me pego perguntando a mim mesma como ficamos assim. Procurando saber pra onde foram nossas tardes, daquelas em que passávamos horas conversando sobre o mundo, sobre as pessoas e sobre nós dois. Principalmente.
   Seria hipocrisia da minha parte dizer que não sinto falta. Falta do seu abraço, do seu carinho, das suas palavras... Não vou dizer que você mudou. Pois sei que está exatamente igual... Porém longe.
   Queria que soubesse que sua ausência dói muito. Principalmente quando você está ali, perto. Que dói muito não poder abraçá-lo. Não poder pegar na sua mão e entrelaçar nossos dedos. Não poder compartilhar um fone com você. Não ver você indo atrás de mim, me pedindo um sorriso.
   Talvez essa garota a qual você diz amar, te mereça mais do que eu. Não por questão de merecimento em si, mas porquê Deus a escolheu pra estar contigo. E, embora minha vontade fosse que você nem que repentinamente, fizesse com que os velhos tempos voltassem, eu aceito. Nem que o meu sim doa. Afinal, o Sim de Jesus Cristo para a humanidade doeu. E muito! Mas no final, valeu a pena. Então quem sou eu pra questionar a vontade do Pai?


sábado, 15 de setembro de 2012

Mania.

   Tenho aquele velho costume de acreditar que não acreditar – mesmo acreditando – irá fazer algo acontecer. Essa é, de todas as tantas outras, a minha pior paranoia. 
   Eu não acredito, ou finjo não acreditar, não por medo da decepção – o que seria "normal" ou "aceitável" –  mas por querer ser surpreendida. No fundo eu acredito, e sei disso, mas digo à mim mesma que não, na esperança de que aconteça.
   
   Será que mais alguém é assim?

   Também tenho a maldita mania de inventar sinais. Daqueles que não têm nada a ver. Músicas, pessoas, o sabor do chiclete e até o clima. Pra mim, qualquer coisa é conspiração. Pior que nessa de não "acordar pra vida" e encarar a realidade, eu acabo sofrendo e me decepcionando.

   Talvez mais alguém no mundo seja assim.
   Provável.



A (tempestade) chuva de Novembro.

   Peguei o táxi em frente ao prédio onde estávamos e desejei nunca mais ter que voltar ali. Não suportaria mais um dia, mais uma só palavra sequer que saísse de sua boca. Parecia que eu tinha me tornado um alvo tão fácil, atingível e indefeso que a melhor forma era fugir.
   Pedi para que o motorista do táxi ligasse o rádio. Ele me mostrou alguns cd's que haviam ali, mas eu simplesmente não sabia o que queria ouvir - porque não sabia o que sentir, e eu geralmente escuto músicas que expressam o que sinto - "Coloque qualquer coisa." e assim ele fez.
   Chovia muito lá fora, e Novembro parecia o mês mais frio e choroso do que os outros dez anteriores. Aquela quinta-feira parecia interminável e ainda eram quatro e meia da tarde. Meu celular vibrava por estar sem bateria, e por um instante cogitei desligá-lo, mas no fundo a minha maldita mania de esperar o melhor - nem que ele demore anos para chegar - me dizia que talvez ele mandaria uma mensagem de desculpas.
   A droga da música não ajudava.
   O dia estava tão nublado e tão triste que chegava a se assemelhar a mim, convidando-me para ficar mais próxima dele.
   E o pior é que aquele sentimento angustiante, aquela nostalgia incessante, e aquela mistura de raiva com tristeza não havia se iniciado ali naquele dia, tampouco em Novembro.
   Mas há muito tempo atrás.
   Quando não chovia. Quando os dias eram os mais belos e ensolarados. E não importavam os obstáculos, viver aquele momento era o melhor que eu tinha a fazer.
   Mas a tempestade sempre vem. Mais cedo, ou mais tarde. Sempre... Infelizmente...


terça-feira, 28 de agosto de 2012

Diga.

   Naquelas duas semanas você conseguiu me calar diversas vezes. Simplesmente tirou as palavras da minha boca, domou-as e jogou-as ao vento. Talvez não quisesse ouví-las. Talvez não precisasse. Mas lembro que enquanto descíamos as escadas, você pegou na minha mão e disse. Disse sem dizer. E disse as palavras mais belas do mundo. Meu coração - tão cheio de mágoas e tão fragilizado - encheu-se daquilo que chamamos de felicidade momentânea. E então seus lábios conversaram com os meus por alguns minutos, parei de respirar, perdi o equilíbrio e toda a noção do mundo ao meu redor.
   Por que você nunca disse nada?
   Eu não sei, mas as vezes sinto que você prefere conversar comigo em silêncio. Quando diz, não diz. As palavras saem vazias dos seus lábios e sei disso porque seus olhos dizem outra coisa. Sempre.
   Tem dias que eu sinceramente detesto o seu silêncio e o fato de não saber o porquê das suas ações. Sinceramente duvido que mais alguém no mundo tente interpretar o seu jeito. O seu modo. Tente entender porque você é tão complexo e tão pouco previsível. Tente entender o que se passa aí, dentro de você. Já que você nunca diz.
  
   Mas por favor, diga. Eu gosto de você e você sabe. Eu já disse. Eu digo isso todos os dias. Já disse implícita e explicitamente. Mas de você já não sei mais. Então por favor, diga.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Eu sinto sua falta.

   Foi um gostar. Nos beijamos e eu perdi o fôlego por alguns instantes. Ok, foram horas, dias e duas semanas. Exatas. Eu estava precisando de um pouco de carinho, atenção e cafajestagem e você me deu exatamente a porção que eu precisava. Foi um gostar. Eu gostei de você. Te liguei, mandei mensagens e corri atrás no fim de semana. Eu queria mais. Eu viciei, não sei. Não entendo. Mas eu te quis muito. Eu quis os nossos beijos atrás do velho cinema da cidade, e os na estação de metrô. Era para durar um dia, apenas. Dois no máximo.
   Mas durou mais.
   As benditas músicas de Jazz começaram a me lembrar você. E no banho, na frente do espelho ou antes de dormir eu criava scripts na cabeça. E imaginava mil e uma possibilidades de dar certo. E eu acreditava que estava intuitiva quanto a nós,"Dessa vez será diferente. Seremos a exceção." eu pensava. A gente sempre pensa. E eu pensei e acreditei. Comecei a agir e demonstrar os primeiros sintomas do verdadeiro gostar. 
   Eu tinha ciúmes. Eu passei a acreditar em sinais. Eu queria estar o tempo todo ao lado. Me disponibilizei totalmente sem medo de uma possível rejeição. E foi o meu erro.
   
   Estávamos sentados naquele banco enquanto você cantava Chuva de Novembro do Projota. Tudo parecia perfeito e de fato era. Por um instante eu senti a felicidade maior do mundo. E me enchi daquilo que as pessoas costumam chamar de ilusão. Ou sensação momentânea de felicidade. Nada importava além de nós dois.

     Eu sinto sua falta.
   "E essa estranha dor é mais do que saudade. É como a necessidade de poder ter a certeza de que não era verdade o que você disse no telefone."


terça-feira, 24 de julho de 2012

Frag. | Só por uns minutinhos...



   A gente sempre tá querendo ser de alguém. Num domingo à tarde, numa sexta à noite, durante a semana ou em alguns minutos de uma festa. Não importa onde, tampouco quando, mas sempre queremos dar um pouquinho da gente à alguém. Um beijinho, um abraço, uma piscadela...

   Eu venho querendo me dar um pouquinho à você. Cheia de receio e medo, mas louquinha pra você me ligar e dizer que tá me esperando em tal lugar, tal hora, em tais condições. Ou que precisa me ver, que precisa de um daqueles beijos que a gente deu pra sei lá.. Se sentir bem.

  E eu sei que você também quer.

  E sabe porquê eu sei? Porque você não sabe fingir. Você vai embora correndo torcendo pra eu corra atrás e te puxe pelo braço. Você tá sempre tocando alguma música cuja letra tá falando algo específico pra mim. Soa quase como uma indireta. E funciona. Então eu aceito. Aceito todas as suas provocações como algo positivo. Prometo a mim mesma que naquele dia nossos lábios vão se encontrar um pouquinho. Mesmo que seja algo completamente sem compromisso e que depois tomemos o rumo de volta às nossas vidas, sem olhar pra trás e suspirar querendo mais - querendo mais por muito tempo, digo - porque é inevitável que daqui um ou dois dias a gente vai se encontrar de novo, querendo ser um do outro por uns minutinhos, apenas para ter a sensação de que não estamos sós, mesmo estando.




domingo, 15 de julho de 2012

Olha, vou te falar..

   Hoje eu acordei com uma vontade imensa de dar um pouquinho de mim à você. Não muito, mas só um pedacinho. Só pra deixar aquele gostinho de 'quero mais'. Quem sabe você até volta pra buscar mais...
   Depois daquela semana monótona - monótona porque conversei mais comigo, que contigo - fiquei pensando no rumo da minha vida sem você. Sério. Fiquei imaginando o quanto seria chato não te ter numa tarde de domingo, ou numa sexta à noite. Eu não sei se vou me acostumar. Vou precisar de algumas doses de qualquer coisa alcoólica, de algumas amigas e umas boas risadas. Eu sei que no meio de uma piada ou outra vou me lembrar de você, e algumas lágrimas vão escorrer dos meus olhos, mas o bom é que ninguém vai notar. Porque ultimamente eu tenho chorado pra dentro, e sorrido pra fora. E isso é uma das proezas que aprendi de umas semaninhas pra cá.
 
   Só que desta vez vou fazer diferente.
   Eu não vou chorar e não vou te procurar. Mas também não vou beijar milhões de bocas pra te esquecer. Não agora. Eu vou esperar o amor que eu sentia por você passar - quem sabe nesse meio-tempo você até volta pra reviver algumas partes dele -. Eu vou desabafar com o mundo, mas guardar as lágrimas pra mim.
   No dia em que 'completaríamos' mais um mês eu vou deixar cair umas três gotículas, e só. Se alguém perguntar se eu estou bem, vou dizer que sim e demonstrar. E de fato isso vai me ajudar a ficar. Vou ficar bonita, vou arrumar o cabelo e vou impressionar. Como uma mulher que muito admiro disse uma vez "Aprendi que não devo ter dó de mim por estar sem você. Mas dó de você por estar sem mim." Você sabe onde eu moro, então se bater uma saudade me procura. Me liga. Reza pra esse amor que eu sinto por você durar bastante e dar tempo de voltar atrás.


 

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Eu. Você. A Conspiração do Mundo.


   De mim existem algumas coisas das quais você precisa saber. Coisas essas que só eu sei, só eu comigo mesma. E não é do tipo quando eu digo “só eu”, mas o “eu” envolve fulana e ciclana. Agora sou eu, talvez um celular e um par de fones de ouvido. Ah! E as lembranças!
   Geralmente quando você vai embora, eu me despeço desejando que você fique mais um pouco. Sem clichês. Eu desejo de verdade e fico até triste quando você não pede mais cinco minutos. Não triste com você, mas com o mundo. Esse mundo controlador que vive marcando um ponto final entre nós dois, todos os dias. Seja meia noite ou às duas da tarde. Eu fico triste com o mundo porque ao mesmo tempo que conspira para que nos encontremos, ele trama algo que nos afasta. Ele palpita no ouvido do seu chefe para que você saia mais cedo, mas atrasa o ônibus que te trás até aqui. Acaba com todos os seus compromissos do domingo, mas lembra que você tem prova na segunda à noite. E te faz estudar. Faz chover depois do almoço, e sair um solzinho gostoso no final da tarde. Daí você não vem por contradição.
   Eu também sou cheia de paranoias. Você sabe. Quero dizer, sabe uma parte delas.
   Quando estamos em uma discussão, eu geralmente coloco o celular no vibra-call porque fico tão angustiada e ansiosa com a sua resposta que tomo um susto quando soa o toque da mensagem. E eu choro brigando comigo mesma por ser tão idiota e brigar com você. Eu sempre começo cobrando algo e termino pedindo pra voltar. Porque eu sei que esse meu jeito caleidoscópico de ver as coisas te irrita e você odeia o modo como eu encaro as coisas.
   Geralmente quando eu escuto Ana Carolina eu imagino nós dois deitados na cama. Não importa se no escuro ou iluminados pelos poucos raios que adentram meu quarto numa tardezinha de sábado ou domingo. E não penso com indecência, imagino porque isso me sustenta. O seu amor – em todos os significados possíveis – me sustenta. Me completa. Me enche disso que eu senti em todos os momentos que estava com você. E te asseguro que não é só amor, não. É um pouquinho mais que isso, e eu não sei dizer o quê.
   Quando vejo casais, fico com saudade. Mais ainda. Eu imagino que podíamos fazer parte daquele lugar com tantos corações voando pra lá e pra cá, mas que somos apenas mais dois solitários em lugares distintos.
   Eu já quis me declarar. Geralmente eu tiro todas as minhas frases que te deixam sem fôlego dos filmes de romance que eu assisto quando você tá longe de mim (a conspiração contra do mundo, lembra?) e eu digo que só gosto de filmes de horror porque não quero que você duvide que o carinho que eu fiz, ou o jeitinho que eu te chamei foi tirado do filme que assisti ontem à noite. Eu gosto de surpreender, e sei lá.. É tão melhor quando você se sente visivelmente surpreendido logo por mim que acabo sendo previsivelmente previsível...
   Desculpa tá?



   Você é tão cheio de mistérios. Não me conta nada. Mas demonstra tudo. Eu sinto uma vontade imensa de te mandar ir plantar não sei o quê no asfalto, mas eu gosto demais de você pra isso. Eu sei que uma hora a gente vai cansar de ficar longe. E você vai chegar num domingo à tarde e dizer que quer me ver. Vai pedir com aquela indecência e eu vou aceitar. Vou aceitar não porque não me dou valor, mas porque ainda vou te amar e quem ama se entrega sem medo ou receio. Dessa forma, vou pensar que repentinamente você vai mudar de ideia e vai querer isso todo domingo. Vai querer meu amor e um pouquinho de mim também. Então me olhando nos olhos e com aquela expressão de quem tá arrependido vai pedir pra voltar. Vou pensar isso e vou fazer acontecer. Vou colocar um perfume diferente e arrumar o cabelo. Eu quero que você sinta que eu sou a mesma, mas que me veja diferente. Surpreendentemente diferente, mas ainda eu. E nesse dia... O mundo vai ter que conspirar.



quarta-feira, 6 de junho de 2012

Num complexo de mim mesma.


As coisas não têm sido fáceis – de fato nunca foram – mas sinto que ultimamente elas estão se tornando mais difíceis a cada dia.
Às vezes sinto que me torno mais incompleta e imperfeita a cada dia que passa. Meio que em conflito comigo mesma e com quem sou. Já não sei mais nem quem fui, e tampouco tenho ideia do que serei. É estranho. Às vezes os muros pichados se assemelham com a revolta que sinto aqui dentro: muitos veem, mas poucos entendem.
Ando me arrependendo facilmente e as coisas têm me machucado com maior facilidade. Estou toda sensível e toda agressiva ao mesmo tempo. Às vezes tenho a leve impressão de que sou ignorante para me proteger das críticas, dos comentários, das suposições alheias. E de mim mesma.
Quando coloco meus pares de fones de ouvido, me fecho. Tenho frequentemente dialogado com as músicas, e me entendendo mais com elas.
Ao andar pelas ruas e percorrer trajetos cotidianos, eu me perco. Muitas vezes paro no meio-fio e me pergunto se devo ou não atravessar a rua. Eu tenho medo de sair por aí e encontrar alguém que têm me amedrontado muito ultimamente: eu.
Eu abro as revistas e invejo as garotas das fotos. Eu passo pelas lojas e não me vejo mais em nenhuma roupa no manequim. Vejo os garotos bonitos transitando pelas ruas e não consigo imaginar como um deles poderia ficar comigo. Como e sinto culpa. Bebo e digo coisas o que não deveria. Durmo e acordo cedo. Não tenho mais sonhos. Nem dormindo, nem acordada. Estou num complexo de mim mesma. E não me entendo.


sexta-feira, 25 de maio de 2012

Um lugar qualquer. O meu lugar.

Um lugar qualquer. Um lugar para mim.

Seus olhos lacrimejavam, ela precisava chorar, e talvez tivesse que ser ali.

Meg caminhava com seu irmão enquanto ambos voltavam do inevitável. Lá não haviam conseguido obter muitas informações ou coisas favoráveis a eles, mas sabiam que provavelmente seria inevitável voltar ao... Inevitável.

Ela queria chorar. E chorar muito. Sentia-se desamparada. Observava no ônibus as pessoas indo e vindo, e sabia que, diferente de si, eles tinham um destino. Não um destino na vida, mas um destino naquele dia.

Mas precisei ser forte.

Seu irmão segurava uma lata de refrigerante, e olhava a cidade que parecia correr pela janela. Meg abraçava a si mesma, tentando enganar o frio. Seus pés gelavam e ela estava toda desengonçada, mas a aparência era o que menos importava naquele momento. Ela só queria um destino... Para si... Naquele dia.

Só Deus sabe o que eu passei...

Ao chegar ao improvável, Meg secou as poucas lágrimas que restaram em seu rosto e, junto ao seu irmão, desceu do ônibus.

Ela não sabia o que pensar, o que sentir. Nunca desejou tanto que aquilo fosse um sonho, que ela acordasse e sua realidade fosse diferente.

Agora tudo parece um sonho.


Novamente, dez meses depois, ela se encontrava voltando do inevitável novamente. Novamente.

Como ele pode ser tão cruel? - Pensava. Não conseguia entender o porquê da crueldade, da indiferença, da frieza.

Seu irmãozinho... Estava ali, ao seu lado, segurando uma bola na mão. Ela não queria lhe passar tristeza, ele não merecia aquilo. Tudo que queria é que ele não voltasse a passar o que passou.

Enquanto andavam Meg sentia raiva, tristeza e até pena de si mesma. Ainda se sentia um tanto desamparada, mas daquela vez, ela sabia que teria um destino.

Vou conseguir evitar o inevitável, e seguir. Chegar ao meu destino final. É tudo o que mais quero.


E, subindo a rua de casa, tinha a certeza de que que, pelo menos durante alguns anos, aquele seria seu destino. Sua casa. O lugar onde sabia que o melhor só aconteceria... Ali.


sábado, 19 de maio de 2012

Fragmento #4 - Finalmente.

Sabe quando no meio da noite você sente falta de algo, sabe o que é, mas não consegue admitir para si mesma? Pois bem.

Nada. Diante de meus olhos havia apenas a escuridão e um pequeno feixe de luz que vinha das pequenas frestas da janela. Além disso, nada.

Nada lá fora. Tudo aqui dentro.

Gosto de pensar antes de dormir. De rever meu dia e de planejar o que se segue. Lá, diante apenas da escuridão do meu quarto, consigo organizar meus pensamentos e refletir sobre as coisas e problemas que me cercam.

" Te iubest, Jet'aime, I love you..."

E eu só conseguia pensar naquilo. Naquele... Nele. Meus pensamentos finalmente desvendaram o mistério que haviam por detrás das traduções. "(...)Um amor que diga que me ama em duas línguas, até três(...)" e então eu sorri.

Finalmente.

Eu não sabia. Só entendia, sem entender. Sabia que entendia, mas não entendia o porquê da reação, o porquê de sorrir, o porquê de perder a noite pensando sobre. Eu estava tremendamente surpresa. Era algo inesperado, de alguém inesperado.

Mas ao mesmo tempo, senti um vazio.

Porque o que sobrava de alguém, faltava de outro.

E eu não entendia porque faltava. Porque agora?

Então meu sorriso se fechou, os pequenos feixes de luz vindos da janela desapareceram e a escuridão pareceu muito mais intensa. Então percebi que naquele momento, havia um vazio naquele lugar.

Um vazio dentro do quarto, dentro dos meus pensamentos e dentro do meu coração.

Porque espaços que deviam ser preenchidos por alguém, estavam sendo 'tapiados' por um outro alguém, do qual não lhe cabia tal função.

E de amor de mentira eu já disse, não vivo.


terça-feira, 15 de maio de 2012

Fragmento #3 - Prólogo (7VIDAS)

 Este é um prólogo de uma web (7vidas) que eu andava escrevendo. Infelizmente, desisti. Mas gosto tanto dele que resolvi postar um fragmento para vocês. Hope u like it.


   É difícil controlar-se quando se está bêbado ou drogado. Geralmente você, sem perceber, começa a tomar coragem para dizer e fazer coisas que não faria quando limpo: Contar verdades, cometer erros, magoar pessoas...  E sempre se arrepender no dia seguinte. Sempre.

  O meu problema é que eu nunca me arrependia. Pra ser extremamente sincero e objetivo, eu pouco me fodia para o que as pessoas pensavam ou sentiam. Era um cara extremamente frio e decidido a ‘curtir’ minha vida, independente de como fosse. Desvio de conduta? Não. Consequência do passado? Infelizmente.

   Às vezes costumo olhar para trás e cogitar: Será que eu merecia? Por que eu? Tantas pessoas que buscaram acertar toda a vida, e, após um mísero erro, fazem o possível para obterem uma segunda chance, muitas vezes não a tendo... E eu? Errei a vida toda. Nunca fui piedoso, ou humano. Tampouco ligava para as consequências de meus atos. Era um estúpido. Um completo babaca. Um drogadito que sabia que o caminho que trilhava era escuro e insistia em arriscar passos e mais passos cada vez mais longos. Alguém que sabia do seu triste fim e ainda assim, insistia nele. - Sued.


Um amor de verdadinha.


  Quero um amor de verdadinha. Um amor que saiba dizer que me ama em duas línguas, até três, se for possível.

  Momentâneamente, esse amor me aparece na cabeça, nas chamadas, nas mensagens e no wallpaper do celular. É como se ele me perseguisse, e eu gostasse – e gosto– Como se ele soubesse que eu anseio pelas suas aparições e descaradamente, aparecesse assim do nada, sempre.

  Às vezes, quando estou fazendo meu trajeto diário até o trabalho, esse amor se transforma. Se transforma em som, em sintonia e em sorrisos. Na verdade ele sempre está transformado em alguma coisa. Mas ultimamente ele têm estado tanto nas músicas e nos sorrisos... Ele têm aparecido descaradamente e quase sempre eu acabo ficando sem graça.

  Sem graça de amar tão descaradamente quanto é o amor.

  Sem graça de amar você.

  Quando o Sol insiste em clarear o tom castanho dos meus olhos e você os elogia, esse amor se transforma em brilho. E aí, quando você me pede um abraço – e me abraça forte – esse amor se transforma em carinho.

  E se estou com você... Esse amor se transforma em tantas coisas...

  É por isso que quero um amor assim, que tope passar o fim de semana assistindo Two and a Half Man comigo, que goste de cobertor e chocolate e que goste de abraço, beijo e cafuné.

  Porque um amor de mentirinha.. Só faz a gente sofrer.

  E de sofrer, já me basta.

  Por isso um amor de verdadinha. Um amor que saiba dizer que me ama em duas línguas ou até três, se for possível.

  O que você acha?

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Here Without You.


  No ônibus vazio, Caleb usava seu par de fones de ouvido como veículo para se distanciar um pouco daquilo que estava ao seu redor, e se aproximar de alguém que estava longe.

  Longe e perto ao mesmo tempo.

  Com o semblante fechado, ele tentava esconder a angústia que sentia dentro de seu peito. Algo que havia se criado há algumas semanas, e que parecia crescer mais a cada dia. Já não era mais normal sentir tanta falta ou a querer tanto como ele queria. Não era amor, e talvez nem gostar, mas talvez o egoísmo de querer estar perto, devido ao fato de sentir-se bem ao seu lado.

  E ele se perguntava por quê a todo momento.

  E não obtinha nenhuma resposta.

  E a cada trecho daquela música, ele lembrava de seu sorriso, dos seus olhos azuis, do tom claro de seus cabelos e do timbre da sua voz. Recordava perfeitamente cada detalhe, e se surpreendia ao se encontrar admirando-a, mesmo quando ela estava tão longe. Almejava agora mais do que nunca encontrá-la, criando então, a angústia incessante.


  I'm here without you baby, but you're still on my lonely mind.
  I'm here without baby, but you're still with me in my dreams.



Texto inspirado na música Here Without You da banda 3 Doors Down.

Fragmento #2 - Um garoto. Um mistério. Eu.

  Um garoto tem confundido e invadido minha mente.
  Fisicamente, é agradável. Seus olhos são de intrigar e hipnotizar qualquer uma. Uma vez encarados, adentram em sua mente e a confundem. Afinal, você não sabe o porquê de serem tão misteriosos, e ao mesmo tempo, tão viciantes.
  Seu corpo, uma vez próximo, estimula seus sentidos. Seu perfume aos poucos te torna dependente do mesmo. Fazendo-te querer senti-lo não só uma, mas várias vezes mais.
  Seu sorriso é raro. Porém, quando visto, contagia. E sua sinceridade em cada expressão facial, cativa.
  Seu toque, seu abraço... É viciante mais do qualquer outro aspecto seu. Uma vez em seus braços, é quase impossível não querer repetir a dose. Mais ainda não querer dopar-se e deixar-se embriagar por cada parte de seu corpo. Pelo timbre da sua voz, pelo calor das suas mãos. Não querer provar de seus lábios, e sentir o gosto de seus beijos.
  Eu o conheço muito pouco. Sua personalidade pra mim ainda é um mistério. Mas sei que este garoto (que assim prefiro chamar, embora já seja um homem por completo), é formado por memórias dolorosas e sentimentos obscuros.
  Pouco previsível, te faz querer adivinhar qual seria seu próximo passo, sua próxima ação ou reação.
  É bom em desvendar mulheres. Em descrever sentimentos ou vontades. Gosta de falar do sente e de confundir mentes dispostas a se identificarem com as descrições que dá sobre cada garota que o atordoa, que o surpreende, que marca sua mente.
  Mas agora é a minha vez. Estou disposta a decifrar este garoto. Mais uma vez, eu tentarei, aos poucos, desvendar o mistério que há por trás de seu sorriso contagiante e de seus olhos completamente penetrantes.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Menino, menino!

Menino, menino.

De repente se sorrirdes me apaixono,

Mas sorria bonito, se tiver todos os dentes, claro.

Menino...

Você não é tão feio quando eu imaginava.

Você é pior que o imaginável,

É algo fora de cogitação!

Menino, menino!

Quer pedir-me em namoro nessa praça?

Dizendo que por mim tens afeição?

Oras! Pois não me venha com essas graças,

Que tu vais levar um não!

terça-feira, 1 de maio de 2012

...Ele não lerá.

  Eu sinto muito, mas ele não lerá.

  Quando você escreve dezenas de textos dedicados e escritos indiretamente para ele, ele não lê. Gasta minutos e até horas selecionando as melhores palavras ou frases feitas para tentar concentrar seus sentimentos – sinceros – em algo bonito para que ele leia, mas ele não lê. E você não concentra só seus sentimentos, mas concentra também todas as suas esperanças. Esperando fielmente que ele, ao ler – isso se ler – perceba que tudo aquilo é  de fato para ele. E espera que isso mova tudo aquilo que ele sente por você e  talvez deixe oculto, ou que crie um sentimento de culpa nele por não te amar, passando a obrigá-lo a criar algo parecido – quando obriga, o que não é amor, mas sim pena.

  Amar por pena. Seria amar?

  Se for escrever, escreva para si mesma. Se precisar chorar, chore. Mas nunca faça isso na frente de um garoto. Aquilo de ser indisponível... É mentira. Seja disponível para os outros, – outros que te queiram bem – não para ele.

  Amar é um conjunto de sentimentos que não envolvem tristeza. Se você fica triste por causa de alguém, tenha certeza que não é amor.
  Se ele realmente te amar, não é preciso um texto para mostrar isso a ele.

  Do contrário, sinto muito, mas aqueles textos que você espalha por aí ele não lerá, e aquelas fotos bonitinhas de casais não moverão a indiferença dele em relação a você.






  E novamente, eu sinto muito... Mas é a verdade.


segunda-feira, 30 de abril de 2012

Feriado!

Apresento-vos o Jojôzinho. Ganhei do namorado ♥



   Finalmente depois de muitos dias estudando, estudando e estudando pude descansar um bocadinho. Estava não precisando, mas ne-ces-si-tan-do de descanso.
   Olha que lindo: é feriado, está chovendo e fazendo um friozinho. Pra ficar mais bonito ainda, só a pipoca, refrigerante, chocolate e namorado. Certo?

   Ah! Não sei se vocês repararam, mas houveram algumas mudanças no layout do blog. Esse tempinho me deixou mudar o banner que na minha opinião, ficou mais bonito que o anterior. As cores também mudaram um pouco, adicionei mais preto e o azul. Rs!

   Mas eu vou trabalhar um pouquinho nesse feriado. Há meses tenho adiado a matéria do jornal daqui do bairro, que já está atrasadíssimo! E como durante a semana não dá pra terminar a matéria, amanhã eu vou terminá-la. Também tenho que resolver os assuntos da redação 'Meu Munícípio, Meu Brasil' que assim como a matéria do jornal, estão atrasadados, mas aí só durante a semana!

   O que venho dizer hoje é: "Curtam esse feriado!". Trabalhadores ou não, todos precisamos reestabelecer as energias para voltar à rotina um pouco mais otimistas e fortalecidos. E você não precisa estar na praia, deitado na rede da varanda do seu apartamento à beira mar, para voltar melhor para a vida cotidiana. Basta colocar uma boa música, dormir bastante, assistir à um bom filme, ir ao cinema... Fazer coisas que não tem tempo pra fazer, agora que arrumou tempo!

  O feriado só começou. Ainda temos amanhã! Que tal começarmos a descansar um pouco, hein?
 
  Beijos!

  
  

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Chuva de Novembro

  Boa parte da sala conversava, ria e andava de um lado para o outro. Joy usava um par de fones de ouvido conectados à seu celular. Sua playlist era diversificada e vários estilos musicais podiam ser encontrados ali, porém, ao abrir o reprodutor musical, independente de quantas músicas houvessem, ela só pensava em escutar uma.

  Projota - Chuva de Novembro

  Aparentemente, Joy não encontrava nenhum bom motivo para ouvir aquela música. Ou melhor, não encontrava um bom motivo para admitir o real motivo de ouvi-la. De ouvi-la e sentir o que sentia. De ouvi-la e desejar o que desejava.
  Enquanto os primeiros versos eram cantados, ela lembrava-se de quando outrora ouvira essa música pela primeira vez. Do que sentira, e de cada vez que tornou a ouvi-la. Sempre com os mesmos devaneios, focados na mesma pessoa.
  Subitamente, uma vontade incontrolável de ver tal pessoa surgiu em sua mente. Uma foto, um vídeo, nada. Nada que pudesse saciar aquela vontade.
  Joy começou a rabiscar um desenho.

  “Sozinho posso te ver melhor.”

  Mas porquê? Não havia um porquê. E se havia, Joy preferia não admití-lo naquele momento.
  Enquanto a música tocava, Joy colocava mais do que desenhos naquele papel, ela colocava, embora que implicitamente, boa parte de seus sentimentos. Enquanto rabiscava ela lembrava de quando, compartilhando um fone de ouvido, ouvira tal música com tal pessoa. De como os versos, mesmo não encaixando-se no contexto dos dois, pareciam perfeitos para aquele momento. Pareciam perfeitos para os dois.

  “Essa estranha dor é mais do que saudade.”

  Quando o 'desenho' estava quase pronto, Joy deixou escapar um sorriso satisfatório. A silhueta lembrava exatamente tal pessoa. Caracterizava quem ela era, e quem a conhecia, com certeza a reconheceria quando visse. Era bom ninguém ali conhecê-lo, assim Joy não teria que bolar explicações. E quando perguntavam, ela apenas respondia “Rabiscos do tédio” e ria. Sem porquês.
  Ao final, repetiu a música em seu celular mais uma vez. Desta, observando o desenho. Sentia-se tão mal por estar agindo daquela maneira. Mas ao mesmo tempo, sentia-se plena ao parecer mais perto de quem estava - e deveria estar - tão longe.



  “Mas eu queria que você soubesse que eu me importo. E que eu sinto que essa chuva é o reflexo do estado do meu corpo.”

domingo, 15 de abril de 2012

Mudanças...






 É muito 'engraçado' o modo como que, conforme o tempo passa, as coisas vão mudando radicalmente. Se você parar para pensar no passado e compará-lo com o presente, tudo esta realmente radicalmente diferente. Você, seu círculo de amigos, seu trabalho, seu cotidiano... Parte daquilo que você achou que nunca mudaria tanto, mudou.
  Hoje ouvi uma música que dizia: “De todas as coisas que ainda me lembro, algumas  nunca voltarão a serem as mesmas. Os anos passam e o tempo parece voar, mas as memórias ficam.” Realmente, boa parte daquilo que recordamos frequentemente, é aquilo que sabemos que nunca voltará à tona em nossa vida. Algo que daríamos muito para podermos reviver novamente.
  Sabe, eu sinto falta do passado. O meu passado em alguns de seus fragmentos, era realmente muito bom para mim. E hoje esses fragmentos mais parecem partes de um pergaminho abandonado e velho, de muito tempo atrás.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Fragmento #1 - Breakaway

(...)   E então eu rezava, pedindo a Deus que tivesse misericórdia de mim, e me redimisse dos meus loucos desejos, em sua maioria, mortais. A primeira lágrima escorrera de meu rosto, que em poucos segundos ficou tamado por gotas de tristeza. Peguei minha manta e as sequei, num ato de tentar aliviar a dor, mas era impossível, minha garganta latejava implorando por um grito, seria fatal se eu cedesse, o 'monstro' sairia de sua caverna e em um ato de raiva e impaciência , 'mataria' a mim e a minha família. Eu me perguntava a todo instante se um espírito maligno se apoderava dele, ou se era pura maldade.

quinta-feira, 22 de março de 2012

O garoto da linda voz.

   Era um dia comum. Ao menos até então. Entrei no ônibus, passei desajeitadamente pela catraca e me dirigi para o fundo. Contudo, desenrolando os fones de ouvido com dificuldade enquanto o ônibus percorria por entre as avenidas, me deparei com uma cena.
   Haviam dois garotos conversando. Conversavam e riam muito, comentando sobre qualquer coisa que viam com um entusiasmo que me fazia querer participar daquela conversa, apesar de saber que teria dificuldade para interagir com eles.
   Um deles me chamou a atenção. Cabelos ligeiramente desarrumados e uniforme que era constituído por uma camiseta branca com o slogan vermelho da escola e bermudas na cor preta. Nada disso importava. Fora apenas um detalhe, um pequeno detalhe para mim. E, apesar de ser muito bonito, não fora a beleza que destacou-se nele, mas o modo como ele falava. O modo como ele sorria e o modo como seus olhos brilhavam sob o reflexo de tudo ao seu redor.

domingo, 18 de março de 2012

A garota perfeita.



    A garota perfeita chora, se descabela e morre de tristeza por alguém. A garota perfeita ora usa vestido florido, ora coturno no pé. Ora vai à igreja, ora à um show de rock. A garota perfeita estuda, trabalha e ainda tem tempo para namorar, sair e se apaixonar. A garota perfeita muda o cabelo a cada mês, esperando mudar de vida a cada mês. A garota perfeita ouve a mesma música bilhões de vezes, só para sentir repetidamente um frio na barriga ao recordar de alguém muito querido. A garota perfeita briga, desbriga e ignora, pedindo desculpas algumas horas depois.

  A garota perfeita quer ser professora, médica, veterinária, modelo ou obstetra. A garota perfeita não assume que é perfeita, porque é adepta a ser modesta. Ela sempre recusa um elogio, dizendo a quem pratica tal ato “Não sou nada. Magina. Que isso!”. A garota perfeita tem inveja das outras meninas, ela quer ser igual aquela garota do filme, da novela, ou ter o cabelo ou os olhos daquela menina da escola. A garota perfeita quer ser perfeita, embora já seja assim.

  Não importa quem você é, como é e o que pode fazer para ser melhor que isso. Quando você passa a agir de tal modo, é porque coisas te levaram a ser assim. E são essas coisas, positivas ou não, que constroem a sua personalidade. São essas coisas, corriqueiras ou não, que fazem de você quem é. Não mude. Mas se melhore a cada dia. E te garanto, com toda a certeza do mundo (e ainda usando esse pleonasmo, só para enfatizar) que um dia, mais cedo ou mais tarde, vai olhar-se em frente ao espelho e dizer, assumindo para si mesma: “Eu sou perfeita... Do meu jeito.”

sábado, 17 de março de 2012

A protagonista.


    Saiu do ônibus e colocou a mochila nas costas. Por um instante, parou seu trajeto corriqueiro, e começou a refletir sobre onde estava, e o que fazia ali. Olhou para trás e viu o passado.
   O passado era tão incerto que não cogitava revirá-lo para tentar voltar a sentir as sensações presentes nele. Não cogitava porque chegava a ser inacreditável deparar-se onde estava, indo fazer o que sempre sonhou fazer. Isso, um sonho. E se era um sonho, melhor não revirá-lo e acabar acordando.
   Deu mais uns passos e sentiu um alívio. Um alívio por estar ali. Um alívio por ter conseguido. Um alívio que vinha do forte vento que, contra seu corpo, bagunçava sua franja. Felicidade talvez.
   Era bom estar lá. Era bom sentir seu relógio pressionando-a a ir mais rápido. Era bom passar o fim de semana inteiro ocupada. Era bom estar contente com si mesma, esperando mais de si mesma, acreditando ainda mais em si mesma.
   E a partir dali, o que seria? Mais sonhos? Mais metas? Contentação? Não sabia. Não sabia e preferia não procurar saber naquele momento. Queria apenas aproveitar a sensação de estar em uma realidade tão almejada. Estar dentro de um sonho, e o melhor, sendo protagonista real dele.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Descontrole.


  Atravessava a extensa avenida pouco movimentada, sob o céu estrelado protagonizado pela Lua. Poucos carros passavam, e poucas pessoas transitavam ali. Os outdoors brilhavam e as luzes dos bares piscavam. Por um instante cogitou entrar em um deles, beber até não poder mais e sair sem o controle de seus sentidos e sentimentos. Talvez controlá-los era a pior forma de lidar com eles. Talvez beber apenas anestesiasse a dor que sentia, e tentava por vezes implicitar.
  Por um instante, olhou para trás e observou as pessoas que também caminhavam alí. Passos lentos, olhares e mentes distantes. Eram como corpos sem rumo, sem controle. Talvez alguns já estivessem embriagados, e talvez o resto tivesse o poder tão almejado de descontrolarem-se quando preciso. Ou melhor, o poder tão almejado de nada sentir. De nada poder.
  Talvez todos estivessem ali buscando coisas semelhantes, ou até a mesma coisa. Mas o que seria? Uma resposta? Uma saída? Um motivo? Isso. Isso era o que buscavam. E recolherem-se para si mesmos pudesse ajudar a descobrir.
  Sentiu um alívio. Aquele sentimento de angústia não tomava mais seu corpo. E aquela vontade incessável de chorar, cessou. Precisava respirar. Precisava sentir a vida preenchendo seus pulmões novamente. Precisava voltar a viver. Precisava e queria naquele momento não precisar mais.
  Olhou seu celular. Uma e meia da manhã. Tarde demais. Todos dormem a essa hora e seria perda de tempo enviar um mensagem, ou ligar. Não queria incomodar. Não queria ser inconveniente e atrapalhar seus sonhos. Não queria e não podia. Mas tinha toda a coragem que necessitou antes justo naquele momento. A coragem de dizer tudo aquilo que sempre quis dizer. Tudo aquilo que guardou para si. Todas aquelas benditas palavras que pareciam sufocar cada vez que tentava dizê-las.Tudo aquilo que apenas seus olhos transmitiam. E que ninguém nunca reparou.
  E então, prometeu para si que da próxima vez que tivesse uma oportunidade, perderia o controle. Diria tudo o que sente. Falaria tudo o que pensa. Não cogitaria parar e se desculpar ou interromper as palavras que se desencadeariam a sair. Nada impediria de transmitir, da mesma forma que nada impediu de sentir.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Mesclando pensamentos sobre a vida..


 É tão engraçado o modo como a vida te surpreende a cada dia.. O modo como as coisas acontecem, mudam e crescem. O modo como pessoas, lugares e músicas tornam-se muito mais significativos após um certo tempo. O modo como os motivos e os propósitos continuam.
  Mas também é engraçado como certas pessoas, em certos patamares da sua vida, regredem. Na verdade não é nem um pouco engraçado, mas sim triste. É triste e lamentável, às vezes aperta o coração e faz com que voltemos por alguns instantes no passado, desejando-o, por vezes, nostálgica e freneticamente, mesmo quando o presente se faz melhor que o pretérito.
  Seria bom se pudéssemos mesclar acontecimentos e épocas da nossa vida. Poder substituir o que agora é ruim, pelo o que foi bom, e torná-lo atual. Revivê-lo quantas vezes fosse necessário...
  Mas é preciso que sejamos realistas.
  E para toda uma realidade, existe o otimismo. Que por si só pode mudar os rumos que a vida tomou. Os caminhos incorretos que traçamos, e as decisões precipitadas que tomamos.

  Então, que vida nos surpreenda devido ao otimismo que depositamos nela. A esperança que nos torna perseverantes em busca de um presente, muito melhor que o passado, e muito mais promissor para o futuro.. Para que hoje, o nosso ontem de amanhã, seja muito, muito melhor!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Felicidades, Jammye.


  Dizem que o amor é altamente severo. Que é sorrateiro e muito rigoroso, porém nunca, em hipótese alguma é falso... Nunca.

  Jammye sabia do estado em que se encontrava. Sabia que era errado e sabia de todas as consequências que poderiam ser geradas após o ato. Mas ela não desistia dele. Não desistia e não cogitava o fazer. Estava completamente decidida e apenas esperando o momento certo para agir.

  Foi numa quinta.

  Era uma bonita tarde ensolarada. As árvores dançavam ritmizadas pela brisa da tarde. O céu estava borrado com nuvens brancas que harmonizavam ainda mais o dia. O grande dia.

  Dregon.

  Estava ansioso e completamente feliz. Seu coração pulsava de alegria e seu relógio demorava para se apressar. Talvez este estivesse mais atrasado que a noiva. E Dregon sentia-se cada vez mais nervoso e com diversas perguntas que surgiam em sua mente. Perguntas simples que ele sabia a resposta, mas que propositalmente surgiam para ainda deixá-lo mais nervoso.

  Um envelope
  Uma envelope branco ao pé da porta.
  Uma envelope que passara despercebido pelos olhos de todos.
  E agora, finalmente percebido pelo os de Dregon.
Dregon. Droga, Dregon..

Com cuidado rompeu o envelope na borda, e tirou a carta. Não hesitou e logo a abriu. Talvez fosse um trocadilho dos amigos, ou um cartão de alguém.
Ele não deveria ter feito isso.
Não naquele dia.



  Meu querido Dregon,

  Sinto-me imensamente feliz por saber que hoje é seu grande dia. Que você se sente feliz e presume que continuará assim por muito tempo ao lado da mulher da qual julga amar. Da mulher que julgo a mais sortuda de todas. Ou se preferir, sem hiperbolizar, da mulher que é muito mais sortuda do que eu.
  Tenho em mim o sentimento de culpa por estar lhe escrevendo isto justamente para que lesse neste dia em questão. Nesse feliz dia para você, e triste para mim. Mas eu preciso que saiba de algumas coisas antes de dizer o seu sim.

  Sabe, não fui a melhor pessoa do mundo, nunca serei e tampouco cogito desculpar-me pelas minhas imperfeições, pois sei que você me amava mesmo com todas elas. O propósito é que me entristeço por saber que muitos de meus defeitos influenciaram a sua partida da minha vida.

  Dregon, você foi meu melhor amigo. Meu melhor aliado.
  Sempre se fazia presente quando eu precisava. Era muito mais do que alguém com quem eu queria passar a sexta à noite. Era alguém com quem eu queria passar a vida inteira ao lado. Alguém que entre poucos se destacava em meu coração e tinha sua imagem refletida em meus olhos que brilhavam tanto quanto meus sorrisos. Alguém que me mostrou aos poucos o verdadeiro significado do verbo 'amar'.
  Mas alguém que teve que partir.
  E não foi você quem decidiu, tampouco eu.
  Foi o destino que quis assim, infelizmente.

  Dreg, eu te desejo todo a felicidade do mundo, mesmo que ela aconteça com outro alguém. Eu desejo que seus dias sejam tão ensolados e bonitos quanto os de um verão, mesmo que os meus se tornem vazios e gélidos como os de um inverno inteiro. Eu desejo que você tenha muitos filhos com esta mulher e que cada vez que olhar para trás lembre-se de mim como algo bom para contar a eles.
  Não me esqueça, eu lhe imploro.
  E talvez, este seja o motivo de eu escrever-lhe isto, e entregar a você justamente hoje, para que não se esqueça jamais do quanto eu o amei, e do quanto ainda o amo.
  E que eu possa seguir minha vida, assim como você está seguindo a sua.

  Felicidades,
                  Jammye.



  E Dregon nunca se esqueceu.
  Mas ele prosseguiu.
  Por que às vezes, quando o destino nos decepciona em relação à nossas expectativas, é preciso apenas aceitar e achar maneiras de seguir em frente.
  Sempre.
  Independente do quanto doloroso pareça.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

O tempo.



  O tempo.
  O tempo é nosso melhor amigo. É nosso melhor aliado. É nosso melhor mentor. Ele por si só, nós encaminha para o futuro e deixa com que escolhamos as melhores maneiras de alcançarmos nossos objetivos, superarmos nossas metas e nos surpreendermos consigo mesmos.

  Recordo-me de alguns meses atrás. Completamente incerta sobre meu futuro. Sem pressentimentos. Ansiosa por respostas e as buscando freneticamente. Tomando rumos, e escolhendo caminhos que aparentemente pareciam corretos, e de uma certa forma, foram.

  O tempo, por sua vez, manteve-se em silêncio absoluto. Apenas correu junto a mim, e esteve junto a mim em minhas escolhas, elas certas ou não. O tempo, como meu aliado, correu tão rápido que quase não consegui perceber o andar das coisas. Sinto agora, como se apenas tivesse fechado os olhos por alguns instantes e ao abri-los, me deparar meses depois. Me deparar na realidade que me encontro.

  Lembro-me de meus amigos.
  Lembro de seus sofrimentos e de cada lágrima que compartilharam comigo, não só lágrimas, como também noites, tardes e dias inteiros. Lembro-me das frustrações e das pequenas, médias e grandes brigas. E o tempo sempre esteve lá, junto a mim e junto a eles.

  Lembro de meus amores.
  Lembro dos rapazes incertos, das paixões platônicas e dos olhares trocados. Lembro dos vários textos escritos nos quais o destinatário sempre era o mesmo. Das trilhas sonoras tristes transformadas em diálogos em meus devaneios antes de dormir. Lembro das várias lágrimas pelo mesmo indivíduo. Da dor que algumas vezes deixei transparecer, e das muitas vezes que escondi.

  Mas também lembro das minhas alegrias.
  Lembro-me das farras. De todas as imprudências cometidas. Das festas, das saídas e das gargalhadas. Das noites intermináveis, e completamente inesquecíveis.

  Lembro-me de tudo.

  E me deparo com o presente.

  Meus amigos já não choram mais. Compartilhadas agora, apenas as conquistas. A batalha nunca terminou, mas muitas guerras foram vencidas com êxito. As tardes agora, são apenas para compartilhar novidades e contar sobre os mais novos amores.

  Os amores.
  Agora, 'sofrer' não faz mais parte do conjuntos de verbos consequentes de 'amar'. Agora amar ganhou outro significado. Agora é algo recíproco e intenso. Algo descritível e perceptível, e por ser perceptível não é necessário descrever, apenas observar.

  As alegrias?
  As alegrias são bem maiores. As gargalhadas muito mais frequentes e intensas. Os objetivos alcançados. Os erros pouco frequentes. A felicidade que agora se faz tão presente quanto o tempo..

  O tempo.
  O tempo é nosso melhor amigo. É nosso melhor aliado. É nosso melhor mentor. Ele por si só, nós encaminha para o futuro e deixa com que escolhamos as melhores maneiras de alcançarmos nossos objetivos... E sermos felizes, mais cedo, ou mais tarde.


  Dedico este fragmento da grande carta da minha vida à Rose Gonçalves, Lucélia Alves, Letícia Pereira, Jordan Guimarães e todos, todos os outros que, junto ao tempo, estiveram sempre comigo e permanecem ainda hoje.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Tanto faz pra você.

  Novamente... Decepção.
  Gosto de falar em “talvezes”, mesmo porque entre nós só houveram possibilidades e nunca certezas, portanto, prefiro não arriscar palpitar errado. Mesmo que agora não faça a menor diferença errar nas minhas expectativas em relação a você, eu prefiro não correr o risco de me decepcionar mais uma vez.
  Mais uma vez.
  Ultimamente ando desistindo de você todos os dias. Já desisti de te ligar, de mandar mensagens e te procurar nas mídias sociais, consequentemente, desisti de receber suas ligações, responder seus sms ou suas mensagens via internet. Mas isso foi acontecendo lentamente... Dia após dia eu ia desistindo de algo, e me sentindo mais forte.
  Forte...
  Talvez te priorizei tanto, que banalizei o meu ego. Te coloquei em todos os patamares mais altos da minha vida. Fiz isso sem pensar, achando que tudo estava bem. Mas não, eu estava errada o tempo todo. Porque na sua vida, nem mesmo nos últimos graus de importância me fiz presente. E você não tornou recíproco todo o carinho que eu sentia por você.
  Sentia.
  Hoje tanto faz.
  Hoje tanto faz como você me vê, ou se sente minha falta. Tanto faz se você se importa, ou pouco se ferra pra mim. Tanto faz. Me sinto tão diferente e tão mais forte. Me sinto mais importante independente se assim me faço na sua vida, ou não.

  Agora, prefiro ao invés de pensar em talvezes e possibilidades, simplesmente dizer: “Tanto faz”. Porque tanto faz pra você.


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Queria poder...

  Queria poder te dizer que tudo o que você faz ou diz me deixa extasiada. Que não há melhor perfume que o seu, em você. E não há melhor abraço que o seu, quando envolvido em mim.
  Queria poder dizer que seus olhos tentam os meus. Que o seu toque, apenas seu toque, arrepia cada centímetro do meu corpo. Que os seus lábios, mesmo quando fechados, pronunciam palavras tentadoras ditas especialmente para mim.
  Queria poder te dizer que aquilo não foi um erro. E que na verdade, foi uma demonstração ou até mesmo uma prévia do que podia ser, ou do que será.
  Queria dizer que você é meu. E que eu sou sua. Dizer, na linguagem corporal, tudo o que desejo e sinto. Dizer, entre todos os dizeres do mundo, o mais simples e, no meu caso, mais sincero: que te amo.
  Queria dizer não só para você. Mas para todo o resto. Queria dizer para as dificuldades, ou para os obstáculos que nada pode nos impedir.
  Mas eu não posso dizer, tampouco querer.
  Porque nossa realidade é outra. Nosso destino é paralelo.
  Mas também é incerto. Embora pareça previsível..
  Queria poder, garoto... Poder te dizer todas essas coisas...