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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Eu sinto sua falta.

   Foi um gostar. Nos beijamos e eu perdi o fôlego por alguns instantes. Ok, foram horas, dias e duas semanas. Exatas. Eu estava precisando de um pouco de carinho, atenção e cafajestagem e você me deu exatamente a porção que eu precisava. Foi um gostar. Eu gostei de você. Te liguei, mandei mensagens e corri atrás no fim de semana. Eu queria mais. Eu viciei, não sei. Não entendo. Mas eu te quis muito. Eu quis os nossos beijos atrás do velho cinema da cidade, e os na estação de metrô. Era para durar um dia, apenas. Dois no máximo.
   Mas durou mais.
   As benditas músicas de Jazz começaram a me lembrar você. E no banho, na frente do espelho ou antes de dormir eu criava scripts na cabeça. E imaginava mil e uma possibilidades de dar certo. E eu acreditava que estava intuitiva quanto a nós,"Dessa vez será diferente. Seremos a exceção." eu pensava. A gente sempre pensa. E eu pensei e acreditei. Comecei a agir e demonstrar os primeiros sintomas do verdadeiro gostar. 
   Eu tinha ciúmes. Eu passei a acreditar em sinais. Eu queria estar o tempo todo ao lado. Me disponibilizei totalmente sem medo de uma possível rejeição. E foi o meu erro.
   
   Estávamos sentados naquele banco enquanto você cantava Chuva de Novembro do Projota. Tudo parecia perfeito e de fato era. Por um instante eu senti a felicidade maior do mundo. E me enchi daquilo que as pessoas costumam chamar de ilusão. Ou sensação momentânea de felicidade. Nada importava além de nós dois.

     Eu sinto sua falta.
   "E essa estranha dor é mais do que saudade. É como a necessidade de poder ter a certeza de que não era verdade o que você disse no telefone."


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