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terça-feira, 24 de julho de 2012

Frag. | Só por uns minutinhos...



   A gente sempre tá querendo ser de alguém. Num domingo à tarde, numa sexta à noite, durante a semana ou em alguns minutos de uma festa. Não importa onde, tampouco quando, mas sempre queremos dar um pouquinho da gente à alguém. Um beijinho, um abraço, uma piscadela...

   Eu venho querendo me dar um pouquinho à você. Cheia de receio e medo, mas louquinha pra você me ligar e dizer que tá me esperando em tal lugar, tal hora, em tais condições. Ou que precisa me ver, que precisa de um daqueles beijos que a gente deu pra sei lá.. Se sentir bem.

  E eu sei que você também quer.

  E sabe porquê eu sei? Porque você não sabe fingir. Você vai embora correndo torcendo pra eu corra atrás e te puxe pelo braço. Você tá sempre tocando alguma música cuja letra tá falando algo específico pra mim. Soa quase como uma indireta. E funciona. Então eu aceito. Aceito todas as suas provocações como algo positivo. Prometo a mim mesma que naquele dia nossos lábios vão se encontrar um pouquinho. Mesmo que seja algo completamente sem compromisso e que depois tomemos o rumo de volta às nossas vidas, sem olhar pra trás e suspirar querendo mais - querendo mais por muito tempo, digo - porque é inevitável que daqui um ou dois dias a gente vai se encontrar de novo, querendo ser um do outro por uns minutinhos, apenas para ter a sensação de que não estamos sós, mesmo estando.




domingo, 15 de julho de 2012

Olha, vou te falar..

   Hoje eu acordei com uma vontade imensa de dar um pouquinho de mim à você. Não muito, mas só um pedacinho. Só pra deixar aquele gostinho de 'quero mais'. Quem sabe você até volta pra buscar mais...
   Depois daquela semana monótona - monótona porque conversei mais comigo, que contigo - fiquei pensando no rumo da minha vida sem você. Sério. Fiquei imaginando o quanto seria chato não te ter numa tarde de domingo, ou numa sexta à noite. Eu não sei se vou me acostumar. Vou precisar de algumas doses de qualquer coisa alcoólica, de algumas amigas e umas boas risadas. Eu sei que no meio de uma piada ou outra vou me lembrar de você, e algumas lágrimas vão escorrer dos meus olhos, mas o bom é que ninguém vai notar. Porque ultimamente eu tenho chorado pra dentro, e sorrido pra fora. E isso é uma das proezas que aprendi de umas semaninhas pra cá.
 
   Só que desta vez vou fazer diferente.
   Eu não vou chorar e não vou te procurar. Mas também não vou beijar milhões de bocas pra te esquecer. Não agora. Eu vou esperar o amor que eu sentia por você passar - quem sabe nesse meio-tempo você até volta pra reviver algumas partes dele -. Eu vou desabafar com o mundo, mas guardar as lágrimas pra mim.
   No dia em que 'completaríamos' mais um mês eu vou deixar cair umas três gotículas, e só. Se alguém perguntar se eu estou bem, vou dizer que sim e demonstrar. E de fato isso vai me ajudar a ficar. Vou ficar bonita, vou arrumar o cabelo e vou impressionar. Como uma mulher que muito admiro disse uma vez "Aprendi que não devo ter dó de mim por estar sem você. Mas dó de você por estar sem mim." Você sabe onde eu moro, então se bater uma saudade me procura. Me liga. Reza pra esse amor que eu sinto por você durar bastante e dar tempo de voltar atrás.


 

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Eu. Você. A Conspiração do Mundo.


   De mim existem algumas coisas das quais você precisa saber. Coisas essas que só eu sei, só eu comigo mesma. E não é do tipo quando eu digo “só eu”, mas o “eu” envolve fulana e ciclana. Agora sou eu, talvez um celular e um par de fones de ouvido. Ah! E as lembranças!
   Geralmente quando você vai embora, eu me despeço desejando que você fique mais um pouco. Sem clichês. Eu desejo de verdade e fico até triste quando você não pede mais cinco minutos. Não triste com você, mas com o mundo. Esse mundo controlador que vive marcando um ponto final entre nós dois, todos os dias. Seja meia noite ou às duas da tarde. Eu fico triste com o mundo porque ao mesmo tempo que conspira para que nos encontremos, ele trama algo que nos afasta. Ele palpita no ouvido do seu chefe para que você saia mais cedo, mas atrasa o ônibus que te trás até aqui. Acaba com todos os seus compromissos do domingo, mas lembra que você tem prova na segunda à noite. E te faz estudar. Faz chover depois do almoço, e sair um solzinho gostoso no final da tarde. Daí você não vem por contradição.
   Eu também sou cheia de paranoias. Você sabe. Quero dizer, sabe uma parte delas.
   Quando estamos em uma discussão, eu geralmente coloco o celular no vibra-call porque fico tão angustiada e ansiosa com a sua resposta que tomo um susto quando soa o toque da mensagem. E eu choro brigando comigo mesma por ser tão idiota e brigar com você. Eu sempre começo cobrando algo e termino pedindo pra voltar. Porque eu sei que esse meu jeito caleidoscópico de ver as coisas te irrita e você odeia o modo como eu encaro as coisas.
   Geralmente quando eu escuto Ana Carolina eu imagino nós dois deitados na cama. Não importa se no escuro ou iluminados pelos poucos raios que adentram meu quarto numa tardezinha de sábado ou domingo. E não penso com indecência, imagino porque isso me sustenta. O seu amor – em todos os significados possíveis – me sustenta. Me completa. Me enche disso que eu senti em todos os momentos que estava com você. E te asseguro que não é só amor, não. É um pouquinho mais que isso, e eu não sei dizer o quê.
   Quando vejo casais, fico com saudade. Mais ainda. Eu imagino que podíamos fazer parte daquele lugar com tantos corações voando pra lá e pra cá, mas que somos apenas mais dois solitários em lugares distintos.
   Eu já quis me declarar. Geralmente eu tiro todas as minhas frases que te deixam sem fôlego dos filmes de romance que eu assisto quando você tá longe de mim (a conspiração contra do mundo, lembra?) e eu digo que só gosto de filmes de horror porque não quero que você duvide que o carinho que eu fiz, ou o jeitinho que eu te chamei foi tirado do filme que assisti ontem à noite. Eu gosto de surpreender, e sei lá.. É tão melhor quando você se sente visivelmente surpreendido logo por mim que acabo sendo previsivelmente previsível...
   Desculpa tá?



   Você é tão cheio de mistérios. Não me conta nada. Mas demonstra tudo. Eu sinto uma vontade imensa de te mandar ir plantar não sei o quê no asfalto, mas eu gosto demais de você pra isso. Eu sei que uma hora a gente vai cansar de ficar longe. E você vai chegar num domingo à tarde e dizer que quer me ver. Vai pedir com aquela indecência e eu vou aceitar. Vou aceitar não porque não me dou valor, mas porque ainda vou te amar e quem ama se entrega sem medo ou receio. Dessa forma, vou pensar que repentinamente você vai mudar de ideia e vai querer isso todo domingo. Vai querer meu amor e um pouquinho de mim também. Então me olhando nos olhos e com aquela expressão de quem tá arrependido vai pedir pra voltar. Vou pensar isso e vou fazer acontecer. Vou colocar um perfume diferente e arrumar o cabelo. Eu quero que você sinta que eu sou a mesma, mas que me veja diferente. Surpreendentemente diferente, mas ainda eu. E nesse dia... O mundo vai ter que conspirar.