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sábado, 15 de setembro de 2012

A (tempestade) chuva de Novembro.

   Peguei o táxi em frente ao prédio onde estávamos e desejei nunca mais ter que voltar ali. Não suportaria mais um dia, mais uma só palavra sequer que saísse de sua boca. Parecia que eu tinha me tornado um alvo tão fácil, atingível e indefeso que a melhor forma era fugir.
   Pedi para que o motorista do táxi ligasse o rádio. Ele me mostrou alguns cd's que haviam ali, mas eu simplesmente não sabia o que queria ouvir - porque não sabia o que sentir, e eu geralmente escuto músicas que expressam o que sinto - "Coloque qualquer coisa." e assim ele fez.
   Chovia muito lá fora, e Novembro parecia o mês mais frio e choroso do que os outros dez anteriores. Aquela quinta-feira parecia interminável e ainda eram quatro e meia da tarde. Meu celular vibrava por estar sem bateria, e por um instante cogitei desligá-lo, mas no fundo a minha maldita mania de esperar o melhor - nem que ele demore anos para chegar - me dizia que talvez ele mandaria uma mensagem de desculpas.
   A droga da música não ajudava.
   O dia estava tão nublado e tão triste que chegava a se assemelhar a mim, convidando-me para ficar mais próxima dele.
   E o pior é que aquele sentimento angustiante, aquela nostalgia incessante, e aquela mistura de raiva com tristeza não havia se iniciado ali naquele dia, tampouco em Novembro.
   Mas há muito tempo atrás.
   Quando não chovia. Quando os dias eram os mais belos e ensolarados. E não importavam os obstáculos, viver aquele momento era o melhor que eu tinha a fazer.
   Mas a tempestade sempre vem. Mais cedo, ou mais tarde. Sempre... Infelizmente...


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