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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Um lugar qualquer. O meu lugar.

Um lugar qualquer. Um lugar para mim.

Seus olhos lacrimejavam, ela precisava chorar, e talvez tivesse que ser ali.

Meg caminhava com seu irmão enquanto ambos voltavam do inevitável. Lá não haviam conseguido obter muitas informações ou coisas favoráveis a eles, mas sabiam que provavelmente seria inevitável voltar ao... Inevitável.

Ela queria chorar. E chorar muito. Sentia-se desamparada. Observava no ônibus as pessoas indo e vindo, e sabia que, diferente de si, eles tinham um destino. Não um destino na vida, mas um destino naquele dia.

Mas precisei ser forte.

Seu irmão segurava uma lata de refrigerante, e olhava a cidade que parecia correr pela janela. Meg abraçava a si mesma, tentando enganar o frio. Seus pés gelavam e ela estava toda desengonçada, mas a aparência era o que menos importava naquele momento. Ela só queria um destino... Para si... Naquele dia.

Só Deus sabe o que eu passei...

Ao chegar ao improvável, Meg secou as poucas lágrimas que restaram em seu rosto e, junto ao seu irmão, desceu do ônibus.

Ela não sabia o que pensar, o que sentir. Nunca desejou tanto que aquilo fosse um sonho, que ela acordasse e sua realidade fosse diferente.

Agora tudo parece um sonho.


Novamente, dez meses depois, ela se encontrava voltando do inevitável novamente. Novamente.

Como ele pode ser tão cruel? - Pensava. Não conseguia entender o porquê da crueldade, da indiferença, da frieza.

Seu irmãozinho... Estava ali, ao seu lado, segurando uma bola na mão. Ela não queria lhe passar tristeza, ele não merecia aquilo. Tudo que queria é que ele não voltasse a passar o que passou.

Enquanto andavam Meg sentia raiva, tristeza e até pena de si mesma. Ainda se sentia um tanto desamparada, mas daquela vez, ela sabia que teria um destino.

Vou conseguir evitar o inevitável, e seguir. Chegar ao meu destino final. É tudo o que mais quero.


E, subindo a rua de casa, tinha a certeza de que que, pelo menos durante alguns anos, aquele seria seu destino. Sua casa. O lugar onde sabia que o melhor só aconteceria... Ali.


sábado, 19 de maio de 2012

Fragmento #4 - Finalmente.

Sabe quando no meio da noite você sente falta de algo, sabe o que é, mas não consegue admitir para si mesma? Pois bem.

Nada. Diante de meus olhos havia apenas a escuridão e um pequeno feixe de luz que vinha das pequenas frestas da janela. Além disso, nada.

Nada lá fora. Tudo aqui dentro.

Gosto de pensar antes de dormir. De rever meu dia e de planejar o que se segue. Lá, diante apenas da escuridão do meu quarto, consigo organizar meus pensamentos e refletir sobre as coisas e problemas que me cercam.

" Te iubest, Jet'aime, I love you..."

E eu só conseguia pensar naquilo. Naquele... Nele. Meus pensamentos finalmente desvendaram o mistério que haviam por detrás das traduções. "(...)Um amor que diga que me ama em duas línguas, até três(...)" e então eu sorri.

Finalmente.

Eu não sabia. Só entendia, sem entender. Sabia que entendia, mas não entendia o porquê da reação, o porquê de sorrir, o porquê de perder a noite pensando sobre. Eu estava tremendamente surpresa. Era algo inesperado, de alguém inesperado.

Mas ao mesmo tempo, senti um vazio.

Porque o que sobrava de alguém, faltava de outro.

E eu não entendia porque faltava. Porque agora?

Então meu sorriso se fechou, os pequenos feixes de luz vindos da janela desapareceram e a escuridão pareceu muito mais intensa. Então percebi que naquele momento, havia um vazio naquele lugar.

Um vazio dentro do quarto, dentro dos meus pensamentos e dentro do meu coração.

Porque espaços que deviam ser preenchidos por alguém, estavam sendo 'tapiados' por um outro alguém, do qual não lhe cabia tal função.

E de amor de mentira eu já disse, não vivo.


terça-feira, 15 de maio de 2012

Fragmento #3 - Prólogo (7VIDAS)

 Este é um prólogo de uma web (7vidas) que eu andava escrevendo. Infelizmente, desisti. Mas gosto tanto dele que resolvi postar um fragmento para vocês. Hope u like it.


   É difícil controlar-se quando se está bêbado ou drogado. Geralmente você, sem perceber, começa a tomar coragem para dizer e fazer coisas que não faria quando limpo: Contar verdades, cometer erros, magoar pessoas...  E sempre se arrepender no dia seguinte. Sempre.

  O meu problema é que eu nunca me arrependia. Pra ser extremamente sincero e objetivo, eu pouco me fodia para o que as pessoas pensavam ou sentiam. Era um cara extremamente frio e decidido a ‘curtir’ minha vida, independente de como fosse. Desvio de conduta? Não. Consequência do passado? Infelizmente.

   Às vezes costumo olhar para trás e cogitar: Será que eu merecia? Por que eu? Tantas pessoas que buscaram acertar toda a vida, e, após um mísero erro, fazem o possível para obterem uma segunda chance, muitas vezes não a tendo... E eu? Errei a vida toda. Nunca fui piedoso, ou humano. Tampouco ligava para as consequências de meus atos. Era um estúpido. Um completo babaca. Um drogadito que sabia que o caminho que trilhava era escuro e insistia em arriscar passos e mais passos cada vez mais longos. Alguém que sabia do seu triste fim e ainda assim, insistia nele. - Sued.


Um amor de verdadinha.


  Quero um amor de verdadinha. Um amor que saiba dizer que me ama em duas línguas, até três, se for possível.

  Momentâneamente, esse amor me aparece na cabeça, nas chamadas, nas mensagens e no wallpaper do celular. É como se ele me perseguisse, e eu gostasse – e gosto– Como se ele soubesse que eu anseio pelas suas aparições e descaradamente, aparecesse assim do nada, sempre.

  Às vezes, quando estou fazendo meu trajeto diário até o trabalho, esse amor se transforma. Se transforma em som, em sintonia e em sorrisos. Na verdade ele sempre está transformado em alguma coisa. Mas ultimamente ele têm estado tanto nas músicas e nos sorrisos... Ele têm aparecido descaradamente e quase sempre eu acabo ficando sem graça.

  Sem graça de amar tão descaradamente quanto é o amor.

  Sem graça de amar você.

  Quando o Sol insiste em clarear o tom castanho dos meus olhos e você os elogia, esse amor se transforma em brilho. E aí, quando você me pede um abraço – e me abraça forte – esse amor se transforma em carinho.

  E se estou com você... Esse amor se transforma em tantas coisas...

  É por isso que quero um amor assim, que tope passar o fim de semana assistindo Two and a Half Man comigo, que goste de cobertor e chocolate e que goste de abraço, beijo e cafuné.

  Porque um amor de mentirinha.. Só faz a gente sofrer.

  E de sofrer, já me basta.

  Por isso um amor de verdadinha. Um amor que saiba dizer que me ama em duas línguas ou até três, se for possível.

  O que você acha?

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Here Without You.


  No ônibus vazio, Caleb usava seu par de fones de ouvido como veículo para se distanciar um pouco daquilo que estava ao seu redor, e se aproximar de alguém que estava longe.

  Longe e perto ao mesmo tempo.

  Com o semblante fechado, ele tentava esconder a angústia que sentia dentro de seu peito. Algo que havia se criado há algumas semanas, e que parecia crescer mais a cada dia. Já não era mais normal sentir tanta falta ou a querer tanto como ele queria. Não era amor, e talvez nem gostar, mas talvez o egoísmo de querer estar perto, devido ao fato de sentir-se bem ao seu lado.

  E ele se perguntava por quê a todo momento.

  E não obtinha nenhuma resposta.

  E a cada trecho daquela música, ele lembrava de seu sorriso, dos seus olhos azuis, do tom claro de seus cabelos e do timbre da sua voz. Recordava perfeitamente cada detalhe, e se surpreendia ao se encontrar admirando-a, mesmo quando ela estava tão longe. Almejava agora mais do que nunca encontrá-la, criando então, a angústia incessante.


  I'm here without you baby, but you're still on my lonely mind.
  I'm here without baby, but you're still with me in my dreams.



Texto inspirado na música Here Without You da banda 3 Doors Down.

Fragmento #2 - Um garoto. Um mistério. Eu.

  Um garoto tem confundido e invadido minha mente.
  Fisicamente, é agradável. Seus olhos são de intrigar e hipnotizar qualquer uma. Uma vez encarados, adentram em sua mente e a confundem. Afinal, você não sabe o porquê de serem tão misteriosos, e ao mesmo tempo, tão viciantes.
  Seu corpo, uma vez próximo, estimula seus sentidos. Seu perfume aos poucos te torna dependente do mesmo. Fazendo-te querer senti-lo não só uma, mas várias vezes mais.
  Seu sorriso é raro. Porém, quando visto, contagia. E sua sinceridade em cada expressão facial, cativa.
  Seu toque, seu abraço... É viciante mais do qualquer outro aspecto seu. Uma vez em seus braços, é quase impossível não querer repetir a dose. Mais ainda não querer dopar-se e deixar-se embriagar por cada parte de seu corpo. Pelo timbre da sua voz, pelo calor das suas mãos. Não querer provar de seus lábios, e sentir o gosto de seus beijos.
  Eu o conheço muito pouco. Sua personalidade pra mim ainda é um mistério. Mas sei que este garoto (que assim prefiro chamar, embora já seja um homem por completo), é formado por memórias dolorosas e sentimentos obscuros.
  Pouco previsível, te faz querer adivinhar qual seria seu próximo passo, sua próxima ação ou reação.
  É bom em desvendar mulheres. Em descrever sentimentos ou vontades. Gosta de falar do sente e de confundir mentes dispostas a se identificarem com as descrições que dá sobre cada garota que o atordoa, que o surpreende, que marca sua mente.
  Mas agora é a minha vez. Estou disposta a decifrar este garoto. Mais uma vez, eu tentarei, aos poucos, desvendar o mistério que há por trás de seu sorriso contagiante e de seus olhos completamente penetrantes.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Menino, menino!

Menino, menino.

De repente se sorrirdes me apaixono,

Mas sorria bonito, se tiver todos os dentes, claro.

Menino...

Você não é tão feio quando eu imaginava.

Você é pior que o imaginável,

É algo fora de cogitação!

Menino, menino!

Quer pedir-me em namoro nessa praça?

Dizendo que por mim tens afeição?

Oras! Pois não me venha com essas graças,

Que tu vais levar um não!

terça-feira, 1 de maio de 2012

...Ele não lerá.

  Eu sinto muito, mas ele não lerá.

  Quando você escreve dezenas de textos dedicados e escritos indiretamente para ele, ele não lê. Gasta minutos e até horas selecionando as melhores palavras ou frases feitas para tentar concentrar seus sentimentos – sinceros – em algo bonito para que ele leia, mas ele não lê. E você não concentra só seus sentimentos, mas concentra também todas as suas esperanças. Esperando fielmente que ele, ao ler – isso se ler – perceba que tudo aquilo é  de fato para ele. E espera que isso mova tudo aquilo que ele sente por você e  talvez deixe oculto, ou que crie um sentimento de culpa nele por não te amar, passando a obrigá-lo a criar algo parecido – quando obriga, o que não é amor, mas sim pena.

  Amar por pena. Seria amar?

  Se for escrever, escreva para si mesma. Se precisar chorar, chore. Mas nunca faça isso na frente de um garoto. Aquilo de ser indisponível... É mentira. Seja disponível para os outros, – outros que te queiram bem – não para ele.

  Amar é um conjunto de sentimentos que não envolvem tristeza. Se você fica triste por causa de alguém, tenha certeza que não é amor.
  Se ele realmente te amar, não é preciso um texto para mostrar isso a ele.

  Do contrário, sinto muito, mas aqueles textos que você espalha por aí ele não lerá, e aquelas fotos bonitinhas de casais não moverão a indiferença dele em relação a você.






  E novamente, eu sinto muito... Mas é a verdade.