Image Map Image Map

sábado, 15 de dezembro de 2012

Só não era você.



  Por quê você se foi? Eu não entendo. Eu juro que passei horas revendo minhas ações e tentando encontrar nelas um ou alguns motivos plausíveis para você ter ido embora. Estava tudo indo tão bem... Nós estávamos felizes, minhas amigas viviam comentando que você era exatamente o que eu precisava e que nunca tinham me visto tão bem como eu me encontrava. Lembro que muitas vezes desmarquei minhas reuniões com elas só para ficar contigo. Elas ficavam bravas, resmungavam... Mas no fundo sabiam que era o amor que me dopava, me embriagava e viciava cada vez mais. 

   Eu me sentia tão plena... Não haviam motivos para que algo desse errado. Nossas vidas estavam se encaminhando, você trabalhava e estudava e eu também.. Apesar da rotina cansativa, sempre dávamos um jeito que nos vermos todos os dias, inclusive no fim de semana. Você sempre trazia refrigerante e chocolate pra mim, comprávamos pizza e víamos filmes - os quais muitas vezes nem assistíamos. Você dizia que eu era tudo o que você sempre quis e precisou e que não me deixaria nunca. E olha só...

   Engraçado como eu confiei cegamente nas suas promessas e fiz delas minhas também. Estava disposta a dar o melhor de mim pra nós e por nós. E dei. Quando as brigas começaram e você tornou-se ausente quase todos os dias e até mesmo quando nos víamos, eu dei o melhor de mim. Corri atrás, entendi e não discuti um minuto sequer. Eu procurei motivos que explicassem o seu estresse ou a sua falta de vontade de me ver. Foi aí que comecei a duvidar se aguentaria..

   Procurei mil e um motivos pra não chorar por você. Não queria pensar e muito menos agir na hipótese de te perder. Você tinha se tornado tudo e era como se eu estivesse perdendo uma parte de mim... 

   Muitas vezes enquanto eu voltava de algum lugar com meus amigos, tocavam algumas músicas na rádio que me lembravam nós dois. Eu queria chorar, mas me segurava porque preferia que ninguém soubesse o quanto eu sofria por nós. Eu andava pelas ruas e me perguntava se eu ainda teria os seus dedos entrelaçados nos meus enquanto atravessávamos alguma avenida. Eu olhava nossas fotos e me questionava se algum dia eu as apagaria do meu celular.

   Foi aos poucos, foi te perdendo aos poucos e negando pra mim mesma que estava de fato tudo se acabando que eu percebi, com o tempo, que realmente tudo havia se disssipado. Que eu nunca mais te teria nos meus contatos recentes no celular, que aquela aliança bonita que compramos nunca mais seria usada por mim, que eu nunca mais teria suas ligações perdidas no meu celular e que nunca mais iria dizer que te amava novamente.

   Será que eu ainda te amava?

   Acho que te amei muito. Talvez aquele meu velho conceito sobre amor ser um só estava errado. Eu amei, mas você me fez matar esse amor. E eu ainda o fiz implicitamente, sem querer.. O sofrimento apaga algumas coisas em nós.

   Mas quer saber? Revendo todos os fatos e analisando novamente, eu não fiz nada de errado. Eu fiz o que pude e quem sabe você também fez... Quem sabe você também não chorou ou quebrou a cabeça por nós? Não posso ser tão egoísta a ponto de pensar que você não lutou, nem que por alguns minutos.

   Só não era você. Não era pra ser.

   E quer saber? Mesmo com todos os pontos bons e as boas recordações de nós, agora eu sei o quanto você está melhor sem mim, e eu muito mais sem você.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não esqueça de comentar. Sua opinião é de extrema importância!
Ah! E também deixe o link do seu site/blog para que eu possa visitá-lo.