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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Diga.

   Naquelas duas semanas você conseguiu me calar diversas vezes. Simplesmente tirou as palavras da minha boca, domou-as e jogou-as ao vento. Talvez não quisesse ouví-las. Talvez não precisasse. Mas lembro que enquanto descíamos as escadas, você pegou na minha mão e disse. Disse sem dizer. E disse as palavras mais belas do mundo. Meu coração - tão cheio de mágoas e tão fragilizado - encheu-se daquilo que chamamos de felicidade momentânea. E então seus lábios conversaram com os meus por alguns minutos, parei de respirar, perdi o equilíbrio e toda a noção do mundo ao meu redor.
   Por que você nunca disse nada?
   Eu não sei, mas as vezes sinto que você prefere conversar comigo em silêncio. Quando diz, não diz. As palavras saem vazias dos seus lábios e sei disso porque seus olhos dizem outra coisa. Sempre.
   Tem dias que eu sinceramente detesto o seu silêncio e o fato de não saber o porquê das suas ações. Sinceramente duvido que mais alguém no mundo tente interpretar o seu jeito. O seu modo. Tente entender porque você é tão complexo e tão pouco previsível. Tente entender o que se passa aí, dentro de você. Já que você nunca diz.
  
   Mas por favor, diga. Eu gosto de você e você sabe. Eu já disse. Eu digo isso todos os dias. Já disse implícita e explicitamente. Mas de você já não sei mais. Então por favor, diga.

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