Image Map Image Map

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Por alguns instantes...

Por alguns instantes quis esquecer o mundo. Esquecer das minhas más experiências, das memórias, das tristezas, dos detalhes e da nostalgia...
Abri a geladeira em busca de encontrar algo que aliviasse a minha dor. Uma garrafa de vinho, um litro de vodka até mesmo algumas latinhas de cerveja serviam, mas nada encontrei. Nada que pudesse me libertar da solidão e dos sentimentos decorrentes da mesma. Nada para aliviar a dor interior.
Por que recorrer ao álcool? Por que não apenas esquecer? Parece tão fácil e simples. Simplesmente esquecer. Ocupar a mente com alguma coisa, qualquer coisa. Não importa se repetitivamente, contanto que preencha o tempo vazio que sobra, não só o tempo, mas o espaço vazio que há dentro de nós.
Não é fácil, eu afirmo. Deveras vezes tentei, tentei e tentei, mas não obtive resposta. Inutilmente escutei músicas animadas, li clássicos de humor, saí com alguns amigos... Mas a dor é maior, é perseguidora, tentadora. Sim, é tentadora! Incrivelmente, quando vemos algo que irá nos relembrar alguma coisa, independente se é bom ou ruim, vamos atrás. Em busca de saciar a ansiedade que corrói. De descobrir ou redescobrir algo que poderia ter passado batido, não ter sido reparado ou estudado com cuidado. Ou que poderia, talvez, aliviar a dor. Mas isso raramente acontece. Quase nunca melhora, muito pelo contrário, piora, agrava.
Sofrer é uma junção de antônimos. Se antes, você sorria, hoje você chora. Se amava, hoje você odeia, se queria, hoje repugna. É normal. É a vida.
Mas o álcool não cura isso. Ele apenas alivia. Ele apenas por um período curto de tempo, preenche o espaço que há dentro de nós, ou aparenta ter cicatrizado a ferida que há em nosso interior. Alivia, apenas. Nós deixa imensamente felizes, ou tão tristes a ponto de sermos ridículos consigo mesmos e parecer que não somos sinceros, ou verdadeiros. Não dói. Mas também não cura.
E embora de nada me adiante alguns copos de vinho, ou algumas doses de vodka, irei atrás e aceitarei mais algumas por esta noite... Mais uma vez, pela última vez, só por essa. Eu prometo.


Mas não prometo não dizer isso vezes mais. Enquanto dói, eu vou inibindo. E se isso me deixa feliz exteriormente, dane-se... A dor de cabeça é o preço que pago por tudo isso no dia seguinte. E já me basta.


Apesar de não ter muito a ver, dedicarei esse texto para o Guilherme, que me pediu, e para alguém que não sabe a dor que têm me causado durante a maior parte da vida...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não esqueça de comentar. Sua opinião é de extrema importância!
Ah! E também deixe o link do seu site/blog para que eu possa visitá-lo.