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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Basta querer, basta agir.


Esses dias peguei-me pensando em como cresci. Em como as coisas mudaram e como sou diferente agora. Lembrei-me vagamente de minha infância, e como tudo nela era novo, divertido e inocente. Até mesmo as menores coisas.  Hoje tudo é diferente.
Sempre pedia para lavar a louça. Minha mãe dizia: “Não, você irá quebrar os pratos, é muito jovem para isso.” Hoje tudo o que mais detesto é lavar ou secar a louça.  Lembro que brincava de casinha com minhas amigas, cada qual com a sua casa e o seu filhinho. Hoje a maioria delas não precisa de bonecas para serem ‘mamães’, pois já possuem seus respectivos filhos. Já quis ser bióloga, médica, atriz, professora... Bem, ainda quero ser professora. Arrumava mais de três namorados na escola por ano e contava para meus pais sem medo. Hoje prefiro nem comentar quando ‘fico’ com alguém, porque eles podem até confiar em mim, mas não no garoto! Pulseiras coloridas que antes eram acessórios para enfeitar, hoje são símbolos sexuais... Ou seja, muita coisa mudou.
E o amadurecimento precoce? Talvez ele seja consequência da evolução das coisas. Talvez, ou melhor, certamente, uma garota de 13 anos que engravida do ‘namoradinho’ seja obrigada a amadurecer porque não pode criar uma criança com cabeça, inocência e irresponsabilidade de criança. Certamente, um garoto de 10 anos que vê os pais dando duro diariamente coletando papelão, garrafas pet, latinhas e etc.. Seja obrigado a amadurecer rapidamente para arrumar um empreguinho, pois sente necessidade de ajudá-los. Dói nele ver como seus pais sofrem tanto para que ele possa sobreviver. Certamente, uma criança que presencia violência física e verbal da parte de seu pai em relação à sua mãe seja obrigada a amadurecer rápido para oferecer apoio emocional para ela. É difícil, porém, é a realidade.
E então você se pergunta, e me pergunta. De quem é a culpa? Do mundo? Dos tempos? Do excesso de informações? Sim. A culpa é de tudo isso. Mas é principalmente de nós mesmos. Por sermos tão ignorantes tanto em relação a nós, quanto a nossos filhos, parentes, amigos ou desconhecidos.
O mundo não é justo porque nós, habitantes dele, não somos. Se você, dono de uma pequena/média/grande empresa, tivesse dado emprego para aquele ex-presidiário/pai de família/ex-viciado que suplicou uma ‘segunda chance’ ele não teria te roubado após um dia cansativo de trabalho, quando você dirigia de volta para casa. Talvez ele não teria sido preso novamente por roubo ou não teria espancado a mulher por ter se descontrolado após afogar “as mágoas da vida” em cinco ou mais copos de cachaça. Talvez, se você não tivesse desprezado aquela criança que pedia esmola na praça para ajudar seus pais, ela não teria se drogado tanto para esquecer os pontapés que levava diariamente e, posteriormente, morrido nas ruas. A culpa é sua, é minha, é de todos nós. Tudo o que acontece é consequência de nossos atos, de nós mesmos.
Seria tarde para mudar o mundo? Seria tarde para evitar o sofrimento? Talvez não. Talvez se todos nós abríssemos nossos olhos para enxergarmos além de nós mesmos e do que nos importa, conseguiríamos mudar nossa realidade e nosso futuro. Ainda há tempo, ainda há pessoas que se importam, basta querer, basta agir.

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